quarta-feira, 31 de julho de 2013

INDMOTO/RN HOMENAGEIA DIRETOR DO DETRAN

O Diretor Geral do Detran/RN, Willy Saldanha, foi homenageado na manhã desta terça-feira (30) com um certificado de agradecimento ofertado por representantes do Sindmoto/RN.

O diploma foi entregue durante a cerimônia promovida pelo Departamento em comemoração ao Dia Nacional e Internacional do Motociclista, que ocorreu no último sábado (27).

A iniciativa do Sindmoto/RN se deu devido ao apoio que o Órgão vem concedendo na formação pedagógica voltada para a segurança dos profissionais que utilizam a motocicleta como ferramenta de trabalho.

O curso gratuito e continuado de Motofretista é realizado em parceria com o Sest/Senat e vem sendo responsável pela conscientização do motoqueiro dentro do trânsito. Atualmente, já conta com a formação de 400 trabalhadores da área.

De acordo com o presidente do Sindmoto/RN, José Barreto, a capacitação ajuda a prevenir e a diminuir o alto índice de acidentes envolvendo motociclistas, principalmente aqueles que estão frequentemente no trânsito, como os motofretistas e mototaxistas.

“Nosso objetivo é parabenizar o apoio das instituições e dos gestores que viabilizaram esse importante projeto de educação, que capacita o motofretista e ajuda a preservar vidas no trânsito”, disse.

No seu discurso, o Diretor do Detran/RN, Willy Saldanha, agradeceu a homenagem e fez questão de reafirmar o compromisso da instituição no trabalho contínuo voltado a consolidação de um ambiente de tráfico veicular seguro, onde a consciência da responsabilidade de cada motorista venha sempre prevalecer. “Estamos abertos ao diálogo e a todas as ações que venham promover segurança no trânsito”, ressaltou.

Diretor-Geral e o presidente do SINDMOTO

A Diretoria do Sindmoto/RN também agraciou funcionários do Departamento e de outras instituições parceiras que trabalham na promoção do Curso de Motofretista.

Do Detran/RN receberam certificados de agradecimento Jacob Costa (Pedagogo), Francinésia Azevedo (Estatística), Fátima Holanda (Setor de Cursos), Adryano Barbosa (Coordenador de Educação e Fiscalização), Lígia Fagundes (Subco- ordenadora de Educação), Canindé Alves (Procurador Jurídico), Manuel Ferreira (Chefe de Gabinete), Márcia Marques (Subcoordenadora da Controladoria de Trânsito) e Wilson Galvão(Assessoria de Imprensa).

Assessoria de Comunicação Detran/RN

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Detran de Parnamirim reabre nesta segunda-feira (29)

Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 15:00
A unidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Parnamirim reabre nesta segunda-feira(29), atendendo na Central do Cidadão. Neste momento, apenas o Departamento estará funcionando no local, no horário diferenciado de 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.
“Procuramos agilizar o retorno da nossa unidade para dar maior comodidade aos contribuintes, já que a população da região precisava se deslocar até o Via Direta para ter acesso aos serviços. Conseguimos isso em virtude também dos esforços da Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), que se sensibilizou com a situação”, explicou o chefe de gabinete do Detran, Manuel Ferreira.

Detran de Parnamirim reabre nesta segunda-feira (29)

Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 15:00
A unidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Parnamirim reabre nesta segunda-feira(29), atendendo na Central do Cidadão. Neste momento, apenas o Departamento estará funcionando no local, no horário diferenciado de 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.
“Procuramos agilizar o retorno da nossa unidade para dar maior comodidade aos contribuintes, já que a população da região precisava se deslocar até o Via Direta para ter acesso aos serviços. Conseguimos isso em virtude também dos esforços da Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), que se sensibilizou com a situação”, explicou o chefe de gabinete do Detran, Manuel Ferreira.

domingo, 28 de julho de 2013

A janela do amanhã, por Gaudêncio Torquato

POLÍTICA

A janela do amanhã, por Gaudêncio Torquato

Ao lembrar que a juventude é a “janela pela qual o futuro entra no mundo”, no discurso que abriu sua agenda no país, o papa Francisco quis ressaltar o motivo de sua peregrinação – presença na Jornada Mundial da Juventude – e também alertar os políticos que aos jovens devem ser dadas condições para exercer de maneira condigna seu papel na sociedade. Foi bastante claro: “a nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço”. Um recado adequado no momento oportuno para a platéia certa.
A população jovem brasileira soma 51 milhões de pessoas – 10 milhões entre 15 a 17 anos, 23,1 milhões entre 18 a 24 anos e 17,5 milhões entre 25 a 29 anos – sendo, nos últimos tempos, o motor da mobilização social nas grandes e médias cidades do país.
Como agrupamento mais descontente com a classe política, desfralda o simbolismo citado pelo carismático pontífice para fustigar as fortalezas do poder e, à sua maneira, aplainar os caminhos de um amanhã que se lhe apresenta sombrio, uma existência que ameaça ser mais sofrida que a de seus pais.
O fato é que aos jovens não tem sido oferecido espaço para participação mais efetiva no processo político-institucional. Não que lhes seja tolhido o direito de ingressar na vida pública. O que os afasta da esfera política são as formas tradicionais de representação, o modus operandi dos atores, as ações e atitudes escandalosas que sujam a imagem dos representantes nas instâncias federativas.

Foto: André Coelho / O Globo

Pesquisa feita por Época/Retrato mostra que apenas 1% dos jovens é filiado a partido político, o que não quer dizer desinteresse pela política, eis que dois em cada cinco adolescentes entre 16 e 18 anos gostariam de seguir carreira política em uma moldura partidária mais limpa.
Outro mapeamento, feito pelo Centro de Pesquisas do Instituto Paulista de Adolescência, revela que menos de 20% dos jovens de 16 a 18 anos possuem título de eleitor. Corrobora-se a visão de que os poucos jovens que decidem enveredar pela trilha política são cooptados por uma cultura viciada em “ismos” (fisiologismo, grupismo, mandonismo, nepotismo), acabam se transformando em “novos coronéis”, passando a compartilhar os currais da velha política.
Não por acaso, temos uma arcaica e gigantesca máquina política, povoada com 64 mil cargos eletivos, de presidente a vereador; candidatos a prefeito e vereador somam 380 mil. Não é de surpreender que as temáticas de interesse dos jovens, a partir da educação, ficam longe das pautas congressuais. Quando o assunto é pertinente– como a questão dos cursos de medicina e importação de médicos– a voz da estudantada avoluma-se em protestos.

Leia a íntegra em A janela do amanhã

As 3 palavras do domingo, do papa Francisco, na Missa de Envio, que encerrou, com muita paz, a presença dele na Jornada Mundial da Juventude, foram as seguintes;
1 – Ide
2 – Sem medo
3 – Para servir
Eis a íntegra da homilia do papa neste domingo que reuniu 3 milhões de pessoas na praia de Copacabana:



Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos jovens!
«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.


1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).


Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.


Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.


De forma especial, queria que este mandato de Cristo -“Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!


2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo… pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós!


Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão.


Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!


3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço. São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.


Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês!
O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».
Amém.

sábado, 27 de julho de 2013

O papa Francisco e a Cruz de Jesus…
O que significa a Cruz para os jovens, hoje?
O que ele tem para ensinar dessa vez aos nossos jovens?
Eis a íntegra do discurso do papa nesta sexta-feira, depois de assistir à encenação da Via Sacra na praia de Copacabana:


Queridos jovens,
Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor e de amor, o caminho da cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o bem-aventurado João Paulo II quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-lhes: “Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção.”

A partir de então a cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram. Ninguém pode tocar a cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações:
O que vocês terão deixado na cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso país?
E o que terá deixado a cruz de Jesus em cada um de vocês?
E, finalmente, o que esta cruz ensina para a nossa vida?

Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: “Para onde vais, Senhor?”. E a resposta de Jesus foi:
“Vou a Roma para ser crucificado outra vez”. Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na cruz.
Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos.
Com a cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho.
Na cruz de Cristo está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida.

E assim podemos responder à segunda pergunta: o que foi que a cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós? Deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar.
Na cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer.
Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida.
O primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de “Terra de Santa Cruz”.
A cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco.
Mas a cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a Cruz: Pilatos, o Cirineu, Maria, as mulheres…

Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos. Queridos amigos, a cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cirineu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cirineu, como Maria?
Queridos jovens, levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a cruz de Cristo; encontraremos um coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor. Assim seja!”

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Primeiro discurso do Papa Francisco na visita ao Brasil

Senhora Presidenta,
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao povo brasileiro é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: "A paz de Cristo esteja com vocês!"
Saúdo com deferência a senhora presidenta e os ilustres membros do seu governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua pátria. Cumprimento também o senhor governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na sede do governo, e o senhor prefeito do Rio de Janeiro, bem como os membros do corpo diplomático acreditado junto ao governo brasileiro, as demais autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o rebanho de Deus neste imenso país, e às suas amadas igrejas particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma, de confirmar os seus irmãos na fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da esperança que d'Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: "Ide e fazei discípulos entre todas as nações".
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo "bota fé" nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: "Ide, fazei discípulos". Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens "botam fé" em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias,às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.
Os pais usam dizer por aqui: "os filhos são a menina dos nossos olhos". Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Ppapa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençoo. Obrigado pelo acolhimento!

Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia oficial de chegada de Sua Santidade o Papa Francisco

Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia oficial de chegada de Sua Santidade o Papa Francisco

22/07/2013 às 19h20

Rio de Janeiro-RJ, 22 de julho de 2013

Sua Santidade Papa Francisco,
Senhoras e senhores,
Com grande alegria, Papa Francisco, dou-lhe as boas-vindas ao Rio de Janeiro e ao Brasil. É uma honra para o povo brasileiro recebê-lo. Honra redobrada, em se tratando do primeiro Papa latino-americano.
Sua Santidade,
O Brasil e seus mais de 50 milhões de jovens acolhem, de braços abertos, os peregrinos de dezenas de países que vieram para esta grande celebração que é a Jornada Mundial da Juventude.
Saúdo, em particular, o governo do estado do Rio de Janeiro, a prefeitura do Rio de Janeiro e a Arquidiocese do Rio de Janeiro, a quem agradeço os esforços dedicados que tornaram possível esse grande evento.
A presença de Sua Santidade no Brasil nos oferece a oportunidade de renovar o diálogo com a Santa Sé em prol de valores que compartilhamos: a justiça social, a solidariedade, os direitos humanos e a paz entre as nações. Conhecemos o compromisso de Sua Santidade com esses valores. Por seu sacerdócio entre os mais pobres, que se reflete até mesmo no próprio nome escolhido como Papa, uma homenagem a São Francisco de Assis, sabemos que temos, diante de nós, um líder religioso sensível aos anseios de nossos povos por justiça social, por oportunidade para todos e dignidade cidadã.
Lutamos contra um inimigo comum: a desigualdade, em todas as suas formas. Essa convergência orienta o diálogo do Estado brasileiro com todas as religiões, um diálogo marcado pelo respeito à liberdade de crenças e de culto e pela convivência com a diferença. Não poderia ser distinto em um país que acolheu e acolhe todas as culturas e todas as religiões.
Em seu discurso de 16 de maio, Vossa Santidade manifestou preocupação com as desigualdades agravadas pela crise financeira e o papel nocivo das ideologias que defendem o enfraquecimento do Estado, reduzindo sua capacidade de prover serviços públicos de qualidade para todos. Manifestou sua preocupação com a globalização da indiferença, que deixa as pessoas insensíveis ao sofrimento do próximo.
Compartilhamos e nos juntamos a essa posição. Estratégias de superação da crise econômica, centradas só na austeridade, sem a devida atenção aos enormes custos sociais que ela acarreta, golpeiam os mais pobres e os jovens, que são pelo mundo afora as principais vítimas do desemprego. Geram xenofobia, violência e desrespeito pelo outro. O Brasil muito se orgulha de ter alcançado extraordinários resultados nos últimos dez anos na redução da pobreza, na superação da miséria e na garantia da segurança alimentar à nossa população.
Fizemos muito, e sabemos que ainda há muito o que ser feito. Nesse processo, temos contado com a profícua parceria com a Igreja. As pastorais católicas, por exemplo, tem sido importantes parceiras do governo brasileiro na atenção aos segmentos mais vulneráveis de nossa população, como também na promoção da defesa dos direitos das nossas crianças e adolescentes, na defesa dos direitos das pessoas que vivem nas ruas, na garantia da dignidade dos direitos nos presídios.
Temos buscado apoiar a disseminação das experiências brasileiras em outros países. Agora mesmo, estamos engajados no apoio à adoção de tecnologias sociais para melhorar a capacidade produtiva entre pequenos agricultores na África, e para criar canais de comercialização que lhes permitam obter resultados econômicos mais justos e adequados, inclusive por meio do fornecimento de alimentação escolar. Apoiamos também a difusão de programas de transferência de renda, do tipo do Bolsa Família, em vários países da África e da América Latina.
Acreditamos que o apoio da Igreja, apoiando esses processos, pode transformar iniciativas ainda pontuais em iniciativas globais, em iniciativas efetivas para garantir a segurança alimentar e combater a pobreza e a fome no mundo. Sabemos que a fome e a sede de justiça têm pressa.
A crise econômica que desemprega e retira oportunidade de milhões pelo mundo afora nos obriga a um novo senso de urgência para combater a desigualdade. A participação de Vossa Santidade, um homem que veio do povo latino-americano, que veio da nossa irmã vizinha Argentina, agregaria mais condições para criar uma ampla aliança global de combate à fome e à pobreza, uma aliança de solidariedade, uma aliança de cooperação e humanitarismo, disseminando as boas experiências, entre outras, aquelas obtidas aqui no Brasil.
Santidade,
Nós, brasileiros, somos mulheres e homens de fé. A fé é parte indelével do espírito brasileiro. Falo da fé religiosa e falo também da crença que cada um de nós, brasileiras e brasileiros, temos quanto a nossa capacidade de melhorar nossa vida, a crença que o amanhã pode ser melhor que hoje. Essa crença que nós mesmos e em nós mesmos e no outro é um dos traços marcantes do povo do meu país.
Sabemos que podemos encarar novos desafios e tornar nossa realidade cada vez melhor. Esse foi o sentimento que moveu, por exemplo, nas últimas semanas, centenas de milhares de jovens a irem às ruas. Democracia, como sabe Vossa Santidade, gera desejo de mais democracia, e inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social, qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida.
Para nós, todos os avanços que nós conquistamos são só um começo. Nossa estratégia de desenvolvimento sempre vai exigir mais, tal como querem todos os brasileiros e todas as brasileiras. Exigem de nós aceleração e aprofundamento das mudanças que iniciamos há dez anos.
A juventude brasileira tem sido protagonista nesse processo e clama por mais direitos sociais: mais educação, melhor saúde, mobilidade urbana, segurança, qualidade de vida na cidade e no campo, o respeito ao meio ambiente. Os jovens exigem respeito, ética e transparência. Querem que a política atenda aos seus interesses, aos interesses da população e não seja território dos privilégios e das regalias. Desejam participar da construção de soluções para os problemas que os afetam.
Os jovens querem viver plenamente. Estão cansados da violência que muitas vezes os tornam as principais vítimas. Querem dar um basta a toda forma de discriminação e ver valorizadas sua diversidade, suas expressões culturais. Tal como em várias partes do mundo, a juventude brasileira está engajada na luta legítima por uma nova sociedade.
E esse é um momento muito especial para realização dessa Jornada Mundial da Juventude. Potencializa o que os jovens têm de mais valioso e revigorante, e isso nós estamos vendo aqui nas ruas do Rio de Janeiro: a alegria, o otimismo, a fraternidade, a coragem e valores cristãos.
É oportunidade para discutir e buscar todos os novos valores para renovar as esperanças por um mundo melhor. Estou certa que essa celebração da juventude durará muito mais que os seis dias da programação oficial e perdurará no coração de todos os que dela participarem.
Seja bem-vindo ao Brasil, Papa Francisco. Sejam bem-vindos jovens de todo o mundo. Sintam-se em casa nesta cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro e em todo o Brasil, e levem daqui como melhor lembrança o carinho do nosso povo. Muito obrigada!

Ouça a íntegra (11min10s) do discurso da Presidenta Dilma


domingo, 14 de julho de 2013

Contran prorroga prazo para instalação de simuladores de trânsito em CFCs

Detran prorroga prazo para instalação de simuladores de trânsito em CFCs

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogou para o dia 31 de dezembro a obrigatoriedade de instalação do simulador de direção veicular em todos os Centros de Formação de Condutores do país. O prazo previsto anteriormente era 1° de julho.
“Essa mudança ocorreu pela situação de que apenas uma empresa conseguiu homologar o equipamento de acordo com a Resolução do Contran. Então, para que mais empresas possam oferecer o simulador, houve esse adiamento”, destacou o chefe de gabinete do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN), Manuel Ferreira.
A prorrogação foi estabelecida pela resolução nº 444/2013 do Contran, que coloca também que as aulas realizadas em simuladores de direção veicular serão de cinco horas aulas de 30 minutos cada, ministradas após inicio das aulas teóricas e antes da expedição da Licença para Aprendizagem de Direção Veicular (LADV).
“Como o custo do equipamento é relativamente alto, gira em torno de 33 mil reais, o adiamento tem o objetivo de fazer com que os centros de formação de condutores não fiquem reféns de uma única empresa”, destacou Manuel Ferreira. Segundo ele, o Detran/RN não tem conhecimento se alguma das 84 auto escolas credenciadas no Estado já adquiriu o simulador.
Durante as aulas ministradas no simulador de direção veicular, serão realizadas dez situações que retratem as normas gerais de circulação e conduta previstas no Capítulo III, associadas às correspondentes infrações de trânsito previstas no Capítulo XV, ambos do Código de Trânsito Brasileiro. A exigência, nacional, para que os candidatos realizem aulas com o simulador de trânsito é válida a princípio apenas para os que vão ser habilitados na categoria B.
“A utilização do simulador vai qualificar ainda mais os condutores formados, pois eles já terão contato com situações aparentemente reais do trânsito. A expectativa é que, saindo mais capacitados, o índice de acidentes diminua”, acrescentou o chefe de gabinete.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Serviços de registro de veículos são transferidos para unidade do Detran/RN no Show Auto Mall

Serviços de registro de veículos são transferidos para unidade do Detran/RN no Show Auto Mall

Unidade no Show Auto Mall entrou em funcionamento ontem - CacauUnidade no Show Auto Mall entrou em funcionamento ontem - CacauA unidade do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN) no Show Auto Mall, que fica na avenida João Marcelino, entrou em funcionamento ontem. A unidade funcionará de segunda-feira a sábado, no horário das 8h às 14h. O primeiro dia de funcionamento teve um registro em torno de mil atendimentos.
"A previsão de atendimento é entre 800 a mil por dia. Hoje (ontem), a unidade atendeu pelo menos mil pessoas. O Show Auto Mall ficou lotado por um período do dia, enquanto a unidade do Detran/RN ficou aberta. Até porque os serviços são variados", explica Erasmo Júnior, administrador do Show Auto Mall.
O posto de serviço do Detran/RN no local disponibiliza todos os serviços de registro de veículos como licenciamento, vistoria, transferência de propriedade, mudança de características, entre outras. Já na Central do Cidadão, continua funcionando o setor de habilitação.
"O espaço da Central do Cidadão já não suportava todos os serviços do Detran/RN. Por esse motivo, o órgão está funcionando em três lugares em Mossoró. Na Central do Cidadão ficou a parte de habilitação, médica e psicológica. No Show Auto Mall, fica a parte de registro de veículos. Já a parte dos testes práticos estão no Terminal Rodoviário", explica Manuel Ferreira, chefe de gabinete do Detran/RN.
Segundo Manuel Ferreira, todos os serviços serão transferidos para a Rodoviária Diran Ramos do Amaral, quando as obras de revitalização forem concluídas. "Com a reforma, todos os serviços do Detran/RN ficarão em um só local. Por enquanto, funcionam separadamente", destaca.